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Adriano, Lilian , Heltom e Vitória.

 

Muitas vezes, não acreditamos na presença de Deus entre nós e nem em sua atuação direta em nossas vidas. Pois bem, vou tentar relatar nessas linhas algo real que nos aconteceu e pelo qual estamos passando a alguns meses, que pode revelar um pouco sobre essa presença divina em nossa meio.

Há mais ou menos um ano e meio, após várias tentativas de concepção, minha esposa descobriu que estava grávida; era algo que desejávamos muito, já que não tínhamos filhos em nossa união. Temos um menino de seis anos que é meu filho, porém sem vínculo sangüíneo. Estávamos muito felizes, pois mais uma criança iria colocar mais alegria em nossa casa, em nossas vidas. Porém, como se fosse um "balde de água fria", veio-nos a notícia: a criança que já contava com três meses de vida, segundo o ultra-som, possuía uma mal-formação muito importante e grave na região do Crânio e do Sistema Nervoso Central e que, com isso, poderia não vir sequer sobreviver à gestação; se isso ocorresse, não viveria mais que dois meses, vivendo em condições sub-humanas: sem movimentos, sem visão, podendo sequer chorar e sentir.

Ficamos desolados diante de tal informação. Com isso, foi proposto a nós uma alternativa que seria "um tanto cômoda" diante de tal situação: "Um Aborto", que poderia ser realizado em São Paulo -Capital, já que lá alguns juizes já autorizavam tal procedimento tendo em vista às condições apresentadas.

Diante de tal situação, eu e minha esposa refletimos muito sobre tudo o que estava nos acontecendo. Era uma decisão bastante difícil, pois aquilo que para nós era um sonho, estava se tornando um pesadelo em nossas vidas. Foi então que decidimos por trocarmos de médico. Optamos por um profissional que fosse mais coerente com o ideal de vida e adotamos o seguinte pensamento: "já que Deus permitiu que tal situação se formasse, ninguém melhor do que Ele para nos ajudar a tomar a decisão mais coerente e justa ante a um momento tão angustiante". Permitimos que a gestação prosseguisse conforme fosse a vontade de d´Ele, pois " se algo tivesse que acontecer seria com a permissão e vontade d´Ele e não nossa..."

Foi uma gestação complicada: muitas dores, alguns sangramentos e sempre a incerteza diante dos fatos: a única certeza era que "tudo aconteceria por vontade e decisão do Criador".
Um mês antes do nascimento, descobrimos, através de outra ultrassonografia, mais um agravante: a criança possuía uma fenda facial; abertura essa que ia do lábio superior até a região da testa. Já sabíamos sobre a mal-formação crânio-encefálico, na qual o cérebro estava exposto, fora do crânio, devido à não formação da parte superior do crânio, além disso, era uma criança muito pequena para seis meses com o qual acreditava-se que ela estava. Tal informação nos deixou muito mais aflitos, mas nem por isso desanimamos, permanecemos firmes conforme Deus nos permitia.

Quando acreditávamos que a criança estava com sete meses e meio, aconteceu algo inesperado: uma hemorragia muito forte, que fez com que minha esposa fosse mais do que depressa para o hospital mais próximo - Hospital São Francisco de Assis; apesar de morar em São José dos Campos, achei ser o mais próximo devido à localização e a circunstâncias - onde fomos prontamente atendidos. Tentaram acionar o médico que estava cuidando da gestação, porém sem sucesso, pois o mesmo estava fora da cidade (ele faria contato com um neurocirurgião, seu amigo, que iria analisar o caso após o nascimento). O jeito foi, mais uma vez, deixar por conta da Divina Providência, permitindo assim que a médica plantonista assumisse a situação.

Explicamos a ela sobre as condições da criança e da gestação em si, onde pediu exames que mostrasse o fato contado por nós e que, na pressa, foram esquecidos em casa. Voltei lá para buscá-los e retornei ao hospital com minha mãe. Ao chegar lá fomos avisados que assim que saí, minha esposa havia entrado em processo cirúrgico, pois não havia mais tempo. Aguardamos por volta de duas horas até receber as informações por parte da equipe médica: foi feito parto cesárea à meridiana (corte do umbigo para baixo e não transversal) para não prejudicar a criança que nasceu viva com 1.650kg e pouco mais de 30 cm, respirando por conta própria sem necessidade de aparelhos, ela foi encaminhada à UTI Neonatal, pois era uma menina prematura (estava com seis meses e meio, ao invés do que se imaginava) e possuía às mal-formações já relatadas. Se tivéssemos demorado um pouco mais, nem a criança e nem a mãe sobreviveriam devido à quantidade de sangue perdido, o que fez com que minha esposa fosse à UTI logo após o parto para receber transfusão sangüínea.

A pediatra que acompanhou o parto me conduziu até o local onde estava a nossa filha; eu estava um pouco confuso, ansioso, com certo medo e até mesmo curioso. Não sabia realmente o que sentir naquele momento, estava acontecendo tudo muito depressa.

O neurocirurgião me explicou que se tratava de uma mal-formação grave e ao mesmo tempo rara devido às condições apresentadas e que em casos semelhantes não havia muito a ser feito. Porém se algo deveria ser feito, tinha que ocorrer em no máximo 48 horas, pois o organismo não resistiria muito tempo com o cérebro exposto da maneira que estava. Ressaltou, também, sobre os riscos de uma cirurgia desse porte em uma criança tão pequena.

Novamente estávamos em uma situação limite entre a vida e a morte, em que a decisão a ser tomada podia dar um fim a uma vida. Optamos pela realização da cirurgia, que foi realizada 24 horas após o nascimento (pensava-se nesse momento que ela não resistiria às primeiras horas de vida ou não sairia da cirurgia com vida). A cirurgia levou aproximadamente 4 horas e, segundo o médico, foi um sucesso: eles recobriram o cérebro com a própria pele da cabeça, mas foi necessária a retirada de parte da massa encefálica no lado direito (aprox. 50%) devido ao comprometimento da mesma pela exposição (estava necrosada).

Registramos nossa filha com o nome de Vitória Maria, pois achamos bem propício. Ela ainda ficou 52 dias sob os cuidados intensivos na UTI Neonatal, onde recebeu além dos cuidados médicos necessários, muito carinho, afeto e amor por parte de toda equipe, que foram primordiais à sua evolução.

Ninguém conseguia explicar como aquele ser tão frágil e pequeno podia ter tanta garra, tanta força e coragem (pois para enfrentar tantas batalhas pela própria vida ela demonstrou muita coragem) e acima de tudo vontade de viver, é como se ela nos dissesse: " Hei, eu estou aqui! Quero viver! Por favor, não desistam de mim..."
Cada vez que olhávamos, tocávamos ela, a gente se espantava, não pela aparência que, para muitos era um pouco estranha, mas por tudo de bom que ela nos transmitia. Não temos dúvidas, sentíamos realmente a presença de Deus sempre que nos aproximávamos dela, sentimento esse que a maioria das pessoas compartilhavam ao vê-la e tocá-la: uma paz sem explicação que emanava dela.

Ela foi para casa após sair da UTI, e retornava ao médico ao menos uma vez ao mês para avaliação e, a cada nova avaliação, até mesmo os médicos mais experientes ficavam espantados com a evolução do quadro clínico dela, pois na medicina não havia literatura que explicasse como ainda vivia uma criança que passou por tudo isso.

Ao sétimo mês de vida, ela pegou uma infecção muito séria na região do cérebro (chamada ventriculite), que era de difícil tratamento e que, em pessoas comuns, já apresentava sérios riscos à vida, o que dizer em uma criança nessas condições. Ela passou por uma nova cirurgia para drenagem do líquido resultante da infecção e também do líquido que se formara devido a um quadro de Hidrocefalia resultante da 1ª cirurgia realizada (líquido acumulado devido à não comunicação de vasos no interior do cérebro que, de uma hora para outra se "abriram" fazendo com que ocorresse a circulação normal de líquido dentro da cabeça). Era a mão de Deus novamente agindo em nosso meio.

Hoje, a nossa Vitória está com 10 meses de vida, vendendo saúde para quem quiser ver: toma medicamentos anti-convulsivos de 3 tipos e está se desenvolvendo conforme Deus permite: faz "manhas", chora como qualquer criança, movimenta braços e pernas e se alimenta via sonda, por ainda não haver feito cirurgia na face para correção dos lábios e nariz. Tem suas limitações como, por exemplo: não possui visão devido à falta de córneas. Assim será até quando Deus achar conveniente à honra de cuidar de tão precioso presente.

O que torna ela especial entre as outras crianças? Bom, acredito que é o simples fato de ela ser nossa filha e ser a prova mais que concreta da "presença do Criador em meio a nós", pois, até mesmo os médicos dizem que, se ela ainda vive é "pela força e obra de Deus" e somente Ele dirá como e quando ela deve retornar aos Teus braços...

O que aprendemos com tudo isso?
Aprendemos a tomar as decisões corretas, por mais difícil e dura que seja a realidade que a envolva, e sempre decidindo à favor da vida. Aprendemos a enfrentar o medo, com fé e perseverança, pois só assim podemos vencê-lo. Aprendemos a confiar mais, a pedir menos e a agradecer sempre a Deus por tudo o que nos acontece, pois foram nesses momentos que Ele se mostrou muito mais presente. Ele sempre esteve presente em nossas vidas, mas somente durante e após o que vivemos é que nos permitimos percebê-lo nos acontecimentos do dia-a-dia. Aprendemos com nossa filha que cada instante, por menor que seja, é único em nossa vida e que vale uma vida inteira, que, portanto, devemos aproveitá-lo como se fosse o último, pois, com certeza, um dia será....


Adriano Samuel dos Santos
Lílian Aparecida S. P. Gonçalves
Heltom Jhonatan S. Magalhães
Vitória Maria S. Santos 

 

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