Assumindo logo um tom mais sério, o Papa afirma que, através dos bispos, se dirige a todo o povo brasileiro, “num momento em que este amado país enfrenta uma das provas mais difíceis da sua história”.
“Gostaria, em primeiro lugar, de expressar minha proximidade às centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido. Jovens e idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento. Penso em especial nos bispos que morreram vítimas da Covid.”
Mas nossa fé em Cristo ressuscitado nos mostra que podemos superar este trágico momento e aqui se apresenta a importância da solidariedade, “a chorar com os que choram”. “E a caridade nos impulsiona como bispos a nos despojar. Não tenham medo de se despojar. Cada um sabe do quê.” A pandemia só será superada com a união e a CNBB deve ser una neste momento, “porque o povo que sofre é um”.
“E ser instrumento de reconciliação, ser instrumento de unidade: esta é a missão da Igreja no Brasil. Hoje mais do que nunca! E, para isto, é necessário deixar de lado as divisões e as desavenças. É necessário encontrarmo-nos no essencial. Com Cristo, por Cristo e em Cristo.”
Francisco está consciente de que “o desafio é grande. Mas sabemos que o Senhor caminha conosco". “Sempre Jesus! Aqui está nossa base, nossa força, nossa unidade.”
O Papa conclui pedindo ao Senhor ressuscitado que esta Assembleia Geral dê frutos de unidade e reconciliação a todo o povo brasileiro e à CNBB. “Unidade não é uniformidade”, recordou, mas harmonia.